O homem do mundo atual vive uma neo-realidade. Este é um conceito que tem sua definição básica explícita no próprio nome: neo (nova) realidade (verdade). A nova verdade em questão é fundamentada no poder exercido por uma mera imagem, completamente virtual, na sociedade. O ditado popular “uma imagem vale mais do que mil palavras” nunca fez tanto sentido, afinal, se a verdade crua não for maquiada, transformada numa história mirabolante, ela perde parcial ou totalmente seu valor.
Assim vive a chamada “Sociedade do Espetáculo”, que se sente atraída pelo mundo virtual — em todos os seus aspectos — e deixa de valorizar a realidade por si só. Segundo Guy Debord, “o espetáculo não é um conjunto de imagens, mas uma relação social entre pessoas, mediada por imagens”. Em palavras mais simples, o homem interage entre si sempre buscando se expressar através de meios virtuais, transformando a simplicidade da vida em um espetáculo. Ou seja, as regras e verdades do mundo contemporâneo são regidas pelas imagens que, por sua vez, são uma realidade mascarada, seja pela mídia ou por qualquer pessoa.
Nesta sociedade, já que a imagem é supervalorizada, as pessoas tendem a passar uma imagem de si mesmas. Elas se exibem. Mas tal exibicionismo não é, nem de longe, aleatório. Cada indivíduo escolhe passar a imagem que melhor lhe convier para ser aceito em determinado grupo. Tal aspecto se evidencia em reallity shows. Para melhor compreender o conceito de exibicionismo, pode-se usar o exemplo do Big Brother Brasil. Os participantes, confinados juntos em uma casa, para evitarem a eliminação do jogo, buscam passar uma imagem, na maioria dos casos, cativante, tanto para os outros jogadores quanto para os telespectadores. É ignorância acreditar que, neste programa, as pessoas são elas mesmas. O que acontece é que elas se controlam para deixar transparecer somente os aspectos que elas consideram positivos em sua personalidade.
Este tipo de entretenimento tem um grande número de audiência, uma vez que o público quer ver refletido nos participantes tudo aquilo que ele é em seu subconsciente, mas que não pode ser perante a sociedade. O telespectador é um voyeur daquilo que gostaria de ser. Mas então por que não assistir a um filme ou novela? Porque, nesses casos, se tem a certeza de que é pura ficção, enquanto nos reality shows a ficção se confunde com a realidade. A real intenção do telespectador é ser enganado, acreditar que existem pessoas como ele é subjetivamente.
A mídia também usa deste artifício, criando uma necessidade que antes não existia, visando influenciar o consumo do produto que deseja vender, seja ele uma notícia, um filme, um perfume etc. O homem é gradualmente seduzido pela mídia, que o atinge com fetiches, fazendo com que nasça e cresça uma vontade de consumir. Atuando principalmente no lado psicológico das pessoas, o quarto poder faz uso de imagens para criar uma verdade inexistente. A realidade, que antes era moldada, passa a ser inventada. E esta realidade inventada leva o consumidor a crer que só se sentirá satisfeito adquirindo o que quer que esteja sendo vendido. Como exemplo, podem ser citados os comerciais de carros, que passam uma imagem de liberdade, velocidade, aventura e conforto, em viagens por estradas atraentes e selvagens. Porém a realidade majoritária se resume a viagens relativamente curtas, geralmente de casa para o trabalho, em vias engarrafadas e estressantes.
A realidade vivida na sociedade atual é, sem dúvida, quase completamente regida por imagens. O ser humano deixou-se alienar pela agradável crença de um mundo ideal. É uma pena que tal mundo se restrinja à virtualidade. A utopia de ver o mundo se libertar das grades atrás das quais ele mesmo se escondeu é uma esperança presente nos anseios de poucos, atualmente.
Assim vive a chamada “Sociedade do Espetáculo”, que se sente atraída pelo mundo virtual — em todos os seus aspectos — e deixa de valorizar a realidade por si só. Segundo Guy Debord, “o espetáculo não é um conjunto de imagens, mas uma relação social entre pessoas, mediada por imagens”. Em palavras mais simples, o homem interage entre si sempre buscando se expressar através de meios virtuais, transformando a simplicidade da vida em um espetáculo. Ou seja, as regras e verdades do mundo contemporâneo são regidas pelas imagens que, por sua vez, são uma realidade mascarada, seja pela mídia ou por qualquer pessoa.
Nesta sociedade, já que a imagem é supervalorizada, as pessoas tendem a passar uma imagem de si mesmas. Elas se exibem. Mas tal exibicionismo não é, nem de longe, aleatório. Cada indivíduo escolhe passar a imagem que melhor lhe convier para ser aceito em determinado grupo. Tal aspecto se evidencia em reallity shows. Para melhor compreender o conceito de exibicionismo, pode-se usar o exemplo do Big Brother Brasil. Os participantes, confinados juntos em uma casa, para evitarem a eliminação do jogo, buscam passar uma imagem, na maioria dos casos, cativante, tanto para os outros jogadores quanto para os telespectadores. É ignorância acreditar que, neste programa, as pessoas são elas mesmas. O que acontece é que elas se controlam para deixar transparecer somente os aspectos que elas consideram positivos em sua personalidade.
Este tipo de entretenimento tem um grande número de audiência, uma vez que o público quer ver refletido nos participantes tudo aquilo que ele é em seu subconsciente, mas que não pode ser perante a sociedade. O telespectador é um voyeur daquilo que gostaria de ser. Mas então por que não assistir a um filme ou novela? Porque, nesses casos, se tem a certeza de que é pura ficção, enquanto nos reality shows a ficção se confunde com a realidade. A real intenção do telespectador é ser enganado, acreditar que existem pessoas como ele é subjetivamente.
A mídia também usa deste artifício, criando uma necessidade que antes não existia, visando influenciar o consumo do produto que deseja vender, seja ele uma notícia, um filme, um perfume etc. O homem é gradualmente seduzido pela mídia, que o atinge com fetiches, fazendo com que nasça e cresça uma vontade de consumir. Atuando principalmente no lado psicológico das pessoas, o quarto poder faz uso de imagens para criar uma verdade inexistente. A realidade, que antes era moldada, passa a ser inventada. E esta realidade inventada leva o consumidor a crer que só se sentirá satisfeito adquirindo o que quer que esteja sendo vendido. Como exemplo, podem ser citados os comerciais de carros, que passam uma imagem de liberdade, velocidade, aventura e conforto, em viagens por estradas atraentes e selvagens. Porém a realidade majoritária se resume a viagens relativamente curtas, geralmente de casa para o trabalho, em vias engarrafadas e estressantes.
A realidade vivida na sociedade atual é, sem dúvida, quase completamente regida por imagens. O ser humano deixou-se alienar pela agradável crença de um mundo ideal. É uma pena que tal mundo se restrinja à virtualidade. A utopia de ver o mundo se libertar das grades atrás das quais ele mesmo se escondeu é uma esperança presente nos anseios de poucos, atualmente.
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