Encontre na Cidade

sexta-feira, 3 de outubro de 2008

Devaneios Urbanos

Estou aqui, sentado na frente do computador, com mil pensamentos voando ao meu redor, me deixando completamente sem norte. Então começo a despejar sobre você, caro(a) leitor(a), as gotas de chuva da nuvem caótica que repousa sobre minha cabeça. Palavras são a estrada por onde guio um caminhão repleto de tudo e ao mesmo tempo completamente vazio. Carregado com o que estiver em minha cabeça, seja bom, ou ruim. Mas essa idéia de bom e ruim é algo extremamente relativo, tudo depende do ponto de vista. Mas é claro, deixemos este assunto para outra ocasião, uma vez que esta não é a proposta do post em questão. Rimou. Como odeio rimas sem propósito. E lá vou eu novamente, vagar sem rumo por meus devaneiosm fugindo do tema que propus. Mas que tema propus, afinal? É... Pensando bem, não estipulei tema nenhum, o que significa que posso falar absolutamente do que quiser. Ah, há tanto que desejo falar... Para tanta gente ler/ouvir... Mas é um tanto que prefiro guardar para mim mesmo. Não sei se me falta coragem de expor o que penso ou se me sobra racionalidade para esconder. Só sei que é algo incômodo, um peso que carrego, mas, de alguma forma, é um peso que me conforta. Receio ficar ainda mais sem direção se perder tal peso. Gostaria que ele fosse imantado para que, assim, me apontasse um norte. Sim, um norte, pois este é um norte figurativo, logo, podem existir vários. Um norte figurativo é apenas uma direção que pareça adequada para a situação atual, seja ela qual for. Vejo agora dois destes nortes. Um me leva a brigar com deus - mesmo que eu não acredite nele - e o mundo. O outro me leva a ficar quieto e ir levando a vida, empurrando tudo com a barriga. Devo admitir que nenhum deles me agrada. Nem um pouco. Então fico aqui, parado diante da bifurcação que apareceu no meu caminho, escrevendo. Quero ser lido, mas não quero que me leiam. Vontades contraditórias, mas existentes em igual peso no confuso labirinto que é a minha cabeça. Há tanto para ser dito e ao mesmo tempo não há nada. Sinto que o fantasma da repetição (des)necessária começa a me assombrar, então encerro aqui aquilo que poderia encher uma - confusa - biblioteca.

Um comentário:

Jane C. disse...

Tipo...Super me identifiquei com o que você escreveu.Portanto nem vou falar muito,porque vc já disse tudo.